O médico subestimou o valor do prontuário
A garota tinha 17 anos, desmaiou na frente da escola e foi levada ao hospital.
Mas o médico entendeu que ela apresentava sinais de embriaguez e a mandou se recuperar em casa.
Porém, como ela não melhorava, após algumas horas sua mãe a levou de volta ao mesmo hospital e foi diagnosticado AVC, com sequelas já instaladas.
A menina possivelmente estava alcoolizada, o médico quase nada escreveu no prontuário, não fez anamnese e não pediu exames para investigar ou confirmar o quadro clínico do qual desconfiou.
Resultado: ele o hospital em que o atendimento aconteceu foram condenados a pagar cerca de R$ 500 mil.
O médico escreveu “sinais claros de embriaguez” na ficha, mas não identificou quais eram os sinais e nem porque entendeu que eram claros.
Ele escreveu para ele e se esqueceu que o prontuário é documento que deve ser feito para que qualquer pessoa que o leia entenda todo o cenário do caso.
Deve haver motivos para ele ter agido assim, mas não foram suficientes para absolvê-lo.
Tivesse o médico registrado melhor sua conduta talvez teria evitado que as consequências do acaso caíssem sob os seus ombros.
Ele deixou a situação com várias lacunas que foram preenchidas por terceiros.
Um erro grande é a consequência do cometimento de vários erros pequenos.
O médico subestimou o valor do prontuário
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Sugestão de livro sobre o prontuário, escrito por Josenir Teixeira: