Quando teremos saúde de qualidade? Nunca.
O hospital ficava na periferia, tinha 300 leitos e atendia mil pessoas por dia em seu pronto-socorro.
Mesmo com oitenta médicos trabalhando ao mesmo tempo não havia como vencer a demanda e as reclamações dos pacientes eram diárias, principalmente por causa da demora.
Não tinha jeito: quem recebia as pulseiras verde ou azul seria atendido depois das amarelas, laranjas e vermelhas, dali a muitas horas. Culpa do Protocolo de Manchester.
Pesquisamos os motivos que levavam aquelas mil pessoas ao pronto-socorro e identificamos que 82% delas não deveriam estar ali, mas nos postos de saúde ou clínicas de especialidades.
Acontece que a carência da região refletia na ausência de infraestrutura das UBS, AMA, UPA e muito menos existia PSF, o que sacrificava as atenções primária e secundária e levava pessoas gripadas a disputar atendimento com pacientes infartados num pronto-socorro terciário.
É claro que sempre morria gente quem não deveria morrer.
Infelizmente, de nada adiantou educar a população a procurar os lugares adequados para serem atendidos, pois, ruim por ruim, no pronto-socorro havia médicos, mesmo que demorados.
Nossa Constituição fala de promoção, proteção e recuperação da saúde, nessa ordem, mas os políticos querem construir hospitais para batizá-los com o nome da sua mãe.
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