O viaduto Sergio Vieira de Mello fica na avenida Rebouças, em São Paulo, quase em frente ao shopping Eldorado. Afora isso, pouca gente sabe quem foi um dos brasileiros de maior expressão no exterior, que trabalhou por anos na ONU e serviu em Bangladesh, Sudão, Chipre, Moçambique, Peru, Líbano, Genebra, Camboja, Bósnia, Croácia, África, Nova York, Kosovo, Sérvia, além de outros, e foi representante da ONU no Timor Leste. Ele morreu de um ataque de carro-bomba em Bagdá, em 2003, aos 55 anos. Ironicamente, Sergio foi morto em razão do bom trabalho que fez no Timor Leste, por vingança. Sergio nasceu no Rio de Janeiro, mudou-se para a Europa na adolescência, fez filosofia na Sorbonne, falava várias línguas fluentemente e era respeitado no mundo todo como o melhor negociador que a ONU já teve em todos os tempos. Ele mantinha relacionamento com George Bush, Condeleezza Rice, Tony Blair e seu chefe direto era Kofi Annan. O documentário “Sergio” (Netflix) é excelente e emocionante e conta muito bem a história escrita por Samantha Power, no livro lançado em 2008. Ele tinha defeitos, claro. Não participou da educação dos 2 filhos, era mulherengo e meio agnóstico. O documentário retrata a paixão intensa com a argentina Carolina Larriera, que conheci em 2018 num evento do Oncoguia. Dia 17.04 será lançado o filme sobre ele, vivido por Wagner Moura, na Netflix. Recomendo o documentário e o livro.