Funerárias não existiriam sem mortos.
Sem doentes não haveria médicos nem hospitais.
Corpos são a matéria-prima das funerárias.
Pessoas precisam morrer para que sua atividade seja viável.
Pessoas precisam adoecer para que o negócio dos médicos, profissionais da saúde em geral e hospitais seja lucrativo.
É do valor pago pelos pacientes e planos de saúde por consultas e procedimentos que os médicos tiram o seu sustento e é da cobrança da utilização da sua estrutura física e equipamentos e da margem de comercialização de medicamentos que os hospitais obtêm lucratividade pela função que desenvolvem.
O câncer é rentável. Não é por acaso que surgem centros de oncologia aos montes.
Quem não é acostumado ao métier estranha, mas é assim que funciona.
A exploração da saúde (ou da falta dela) é ativo que consta do portfólio de quem atua na área.
A mídia informa que a Rede D´Or, dona de 51 hospitais, precificou seu IPO em R$112,5 bilhões, maior valor de uma companhia brasileira desde 2013, mais valiosa que o Banco do Brasil (FSP, 9.12.20).
Nossa Constituição prevê que a saúde é direito de todos e dever do estado e que é livre a participação da iniciativa privada brasileira e estrangeira (Lei 13.097/15). Quem era pobre continua pobre e quem era rico fica mais rico, perpetuando o distanciamento social de sempre.
É o capitalismo, estúpido.
Sem doentes não haveria médicos nem hospitais.
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