A ONG prestou contas por 40 (quarenta) meses. O ente político nunca as analisou e a entidade não cobrou posicionamento dele, o que foi um grave erro. A eleição mudou o gestor e as partes brigaram. O novo governador passou a boicotar a ONG e a não repassar os valores combinados no contrato, o que fez com que ela não cumprisse suas obrigações a contento, obviamente. O Estado interveio na atividade e acusou a ONG de descumpridora do contrato, má gestão e desvio de dinheiro público, kit básico usado pelas autoridades nesse tipo de situação. O Estado resolveu analisar as contas agora, passados quase 4 anos, com o olhar direcionado a encontrar equívocos. Achou. Não bastasse, o ente político ajuizou ação pleiteando R$ 10 milhões de indenização. O juiz concedeu liminar e os bens móveis e imóveis da ONG e do seu presidente foram todos bloqueados. Eles terão que se defender desprovidos de seu patrimônio. E assim as coisas vão fluindo e matando ONGs e seus presidentes pelo Brasil afora, com base numa lei anacrônica que muitos apoiam cegamente. Não aplauda arbitrariedade. Você poderá ser vítima dela.