Você conhece gestor que quebrou hospital?

O hospital obteve bons resultados e tinha ótima provisão no banco, fruto de gestão atenta, focada nas necessidades, aliada a programa de expansão que funcionou bem.

A entidade mantenedora fez rodízio, trocou o administrador responsável por aquela situação confortável e colocou um pródigo para comandá-lo.

O cara era um deslumbrado que nada conhecia da técnica administrativa de hospital.

Ele se mantinha porque era puxa-saco de marca maior e a diretoria da entidade gostava de ser alisada.

Ele começou a esbanjar, obviamente.

De nada adiantaram os relatórios e as denúncias feitas pelos funcionários do hospital à direção da entidade, que assistia a tudo impassível, pois o perdulário sabia iludir os diretores estatutários.

Não satisfeito em transformar o hospital numa butique, gastando o dinheiro de pesquisa e melhoria da infraestrutura em atividades supérfluas que não davam retorno, ele se superou e convenceu a diretoria a construir outro prédio dentro do terreno. Coisa de R$ 45 milhões.

Ele contratou um arquiteto maluco e começou a levantar aquilo que todos sabiam que seria um elefante branco. E foi.

Quem é da área sabe as consequências: obra inacabada, dinheiro zerado, desestímulo, perda de pacientes e hospital com dificuldades.