Para cada problema complexo há sempre uma resposta rápida, simples e errada. Em tempo de coronavírus não é diferente. A discussão sobre o protagonismo da economia e do desenvolvimento, se pública (Estado) ou privada (empresas), sempre existiu e existirá. Cada tese tem seus argumentos e defensores. O Estado não gera riqueza. Ele toma de quem a produz por meio da cobrança dos impostos. As empresas movimentam a riqueza por meio das atividades que desenvolve e dos empregos que gera. Grandes conquistas foram obtidas pelo setor privado e também pelo Estado. Quem é mais importante? Quem é o ovo e quem é a galinha do exemplo? A discussão é infindável. Lembram do PROER, de 1995, que autorizou o repasse de dinheiro público a bancos privados que estavam quebrados para que a população não fosse prejudicada? O Covid-19 reacendeu a briga. O Estado não pode fechar tudo porque vai quebrar as empresas, que não terão como pagar os empregados e nem impostos. Bolsonaro fala todo dia que o remédio (isolamento) está sendo mais grave que o vírus, mas não indica a alternativa adequada. Enquanto isso, o distanciamento se incrementará a partir de amanhã e durará 3 semanas ou mais, o que produzirá todas as consequências maléficas que estão sendo previstas. Quem viver, verá! Que Deus nos ajude!