O enriquecimento de uns em detrimento de outros. O sacrifício das ONGs pelo estado de São Paulo.
O governo do estado de São Paulo fez o óbvio: aumentou impostos e revogou isenções para arrecadar mais, por pacote fiscal do fim de 2020.
Alimentos, insumos agrícolas e remédios tiveram o fim da isenção de ICMS e quem vender carro usado terá que pagar mais deste imposto.
As regras para isenção de IPVA ficaram mais rígidas e carros para pessoas com deficiências física, visual ou intelectual deverão sair adaptados de fábrica para verem-se livres dele.
Funcionários públicos estaduais tiveram aumento na cobrança de contribuições ao Iamspe.
As pressões de alguns setores – como o agronegócio – fizeram com que o governador voltasse atrás nalguns aumentos e ele recuou no corte dos benefícios fiscais do ICMS para alimentos.
As Santas Casas, heroínas no atendimento dos pacientes do SUS desde sempre e principalmente na pandemia, também foram alvo da ira descontrolada do governo e tiveram perdas financeiras com o fim da isenção de ICMS de medicamentos e a revogação de subvenção que retirou delas R$ 80 milhões anuais.
ONGs da saúde obtiveram liminares judiciais para restabelecer a compra de medicamentos sem pagar ICMS.
Se o governador não revogar o fim da subvenção as ONGs irão ao judiciário para assegurar a manutenção de suas portas abertas.
É do jogo.
O sacrifício das ONGs pelo estado de São Paulo