Bom senso é a capacidade de as pessoas distinguirem o verdadeiro do falso, o bom do mau ou o bem do mal em questões corriqueiras que não careçam de soluções científicas ou não exijam raciocínio elaborado. É a capacidade de apreciar e julgar com ponderação e equilíbrio. Sem o bom senso a tendência natural das coisas é a incompreensão e a criação de situações desgastantes – inclusive com repercussão legal – que poderiam ser evitadas. Escrevi isso no livro “Assuntos Hospitalares na Visão Jurídica”, em 2009. A quarentena promoveu o convívio intenso entre todos, o que gera desavenças, conflitos e desequilíbrios sociais, momentos em que o bom senso se torna mais necessário – senão primordial – sendo ele justamente o mais esquecido e o menos praticado por causa do egoísmo e da falta de compreensão e empatia das pessoas. Um desembargador me disse: juiz tem que ter bom senso. Se souber Direito, ajuda. Estamos vivendo tempos tenebrosos e preocupantes, com viés de baixa, com enorme risco de cairmos todos no poço sem fundo da ditadura ideológica – seja ela qual for – e do cancelamento das instituições, o que fulminará a nossa jovem democracia. Dilma estava certa: “Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder.”