Fim de ano. Início de festas. Tempo de balanço pessoal. Novo governo. Desejos e esperanças renovados. Incertezas em alguns setores da sociedade. Novidades em outros. Surpresa com o comportamento de certos ‘humanos’. Hora de perguntar: você cresceu neste ano que se encerra? Você foi mais humano ou não teve tempo para ‘bobagens’? Você ajudou alguém, de alguma forma? Você se aproximou menos ou se afastou mais de Deus, ou de quem quer que você tenha como norte? Pelo retrospecto, você merece passar o fim de ano com a consciência tranqüila? Tomara que tenha respondido afirmativamente a alguma dessas perguntas, pois, qual será o sentido da vida senão a aproximação entre as pessoas de bem? Caso o ditado seja verdadeiro, de que estamos nesta vida ‘de passagem’, que seja, então, da melhor e mais humana maneira possível.
Ninguém ainda respondeu quanto tempo durará essa ‘passagem’. Talvez nunca responda. Aliás, por que esperar por essa resposta? Por que não viver cada dia como se ele fosse o seu último? Não consegue? Você já tentou? Todos temos planos. Alguns de longo prazo. E se você não chegar lá? Sua ‘passagem’ não terá sido incompleta? Então, porque postergar tanto? Estamos falando de coisas simples. Não materiais. Falamos de um pedido de desculpas; de um abraço em alguém com quem você brigou (era necessário?); de um beijo no seu irmão; de tratamento decente a seus subordinados e por aí vai. Chico Buarque já cantou que todo dia ela faz tudo sempre igual. Mudar depende de atitude. Tome uma.
Por que esperar? Por que esperar pelo ano que vem? Por que condicionar as coisas a acontecimentos improváveis? Será que nosso erro não é esperar demais para fazer o que precisa ser feito? O mundo só nos dá um dia de cada vez, sem nenhuma garantia do amanhã. Enquanto lamentamos que a vida é curta, agimos como se tivéssemos à nossa disposição estoque inesgotável de tempo.
Por que dar azo ao acaso? Temos que evitar lamúrias e deixar de usar esse verbo no passado: eu “devia” ter feito isso; eu “devia” ter feito aquilo. Será que não há um verbo que infunda mais otimismo? É claro que há. Escolha o seu e o conjugue da forma que o faça feliz. Simples assim. Como sugere o título, na fala de Nando Reis (Titãs), ‘o mundo é bão, Sebastião’.
Que o seu fim de ano seja tranqüilo, alegre e produtivo.