O Ipea confirma que de cada cem negros que nascem quatro chegam às universidades.
Agora, lei específica determina que devem ser reservadas 50% das vagas em universidades para negros. Contrariamente ao que se pretende, isso alimenta, ainda mais, a sua discriminação, ou de qualquer outra “raça” que se queira classificar. Eis o estigma que pode surgir: ao se graduar, o próprio negro poderá se sentir discriminado, sabendo que os outros poderão pensar que ele só chegou lá porque teve ‘cota’. Ao invés do seu mérito e caráter, poderão analisar sua cor.
Sabe-se que não só os negros, mas também as mulheres e os pardos, estão sub-representados dentro das empresas brasileiras, conforme comprovou o Instituto Ethos.
Porém, não serão fórmulas milagrosas que reduzirão o abismo econômico entre as raças. O que se precisa é de políticas sociais que ampliem o acesso não só de negros mas de todos os brasileiros (sem nenhuma discriminação de credo, cor, religião, região geográfica ou qualquer outra estirpe) ao mercado de trabalho.
Todos clamam por isonomia. A reserva de cotas para negros não pode ser entendida como uma desigualdade para os brancos? A discussão está aberta.